🚨 Fraude no INSS: Agente da PF movimentou R$ 2,8 milhões em transações suspeitas, aponta Coaf
Centro Histórico da Cidade de São Paulo, Sexta-Feira, 03 de Outubro de 2025
Por Konstantino Ferdinando
Um relatório explosivo do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) revelou que o agente afastado da Polícia Federal, Philipe Roters Coutinho, investigado por supostas fraudes no INSS, movimentou R$ 2,8 milhões em apenas um ano — cifras muito acima do que compatível com o salário de um servidor público.
De acordo com o Coaf, entre maio de 2024 e maio de 2025, a conta bancária de Coutinho registrou R$ 1,4 milhão em créditos e R$ 1,4 milhão em débitos. O agente, que recebia cerca de R$ 13 mil por mês na PF, apresentou um fluxo financeiro considerado “incompatível com seu patrimônio e atípico”.
O documento foi enviado à CPI do INSS, que já mira uma engrenagem criminosa envolvendo servidores, empresários e agentes públicos.
💰 Dinheiro vivo e operações suspeitas
Em abril, Coutinho foi flagrado com US$ 200 mil em espécie durante uma operação policial. À época, sua defesa alegou que o montante não tinha ligação com o INSS e que explicações seriam prestadas “no momento oportuno”.
Investigações também apontam que, no final de 2024, o agente teria usado uma viatura da PF para escoltar o empresário Danilo Trento e o então procurador-geral do INSS, Virgílio de Oliveira, dentro do Aeroporto de Congonhas (SP), em área restrita. Ambos foram afastados pela Justiça.
Além disso, relatórios destacam viagens atípicas, com compra de passagens de última hora e deslocamentos bate-volta para Brasília, padrão ligado a esquemas de lavagem e encontros suspeitos.
⚖️ CPI pede prisão preventiva
Diante das evidências, a CPI do INSS aprovou no mês passado a prisão preventiva de 21 investigados, incluindo Coutinho. O pedido foi encaminhado à Polícia Federal.
Em despacho à Justiça, a própria PF afirmou que as condutas revelam “uma aparente engrenagem criminosa com ramificação dentro da corporação”.
Até o momento, Coutinho não se manifestou. Procurada, a Polícia Federal disse que não comenta investigações em andamento.
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