Centro Histórico da Cidade de São Paulo, Sábado, 23 de Agosto de 2025
Por Mário Marcovicchio – Jornal25News – Independente
A vingança se instalou como norma. O que antes parecia um risco abstrato, hoje se concretiza: vivemos sob a mais silenciosa e cruel das ditaduras — a ditadura do Judiciário.
Desde cedo aprendi que um Estado Democrático de Direito se sustenta sobre três pilares: Legislativo, Executivo e Judiciário. Iguais, independentes e harmônicos entre si. Cada poder é uma coluna que sustenta a democracia. Se uma delas se sobrepõe às outras, o equilíbrio se rompe. E quando esse equilíbrio é destruído, a democracia deixa de existir.
O ativismo político que se instalou na mais alta corte do Brasil enfraqueceu a Dama da Justiça, que agoniza diante de nossos olhos. Essa figura simbólica, conhecida como Têmis (na tradição grega) ou Justitia (na tradição romana), sempre foi representada por três elementos: a venda nos olhos, a balança e a espada.
O significado dos símbolos

• Venda nos olhos: simboliza a imparcialidade, a igualdade e a ausência de preconceitos — a Justiça não olha a quem julga, trata todos da mesma forma perante a lei.
• Balança: representa o equilíbrio e a ponderação, a justa medida entre o fato praticado e a pena aplicada.
• Espada: traduz a força e o poder de coerção, a capacidade de fazer cumprir decisões e de combater a injustiça, a lâmina de dois gumes representa que a justiça pode cortar para qualquer um, incluindo a si mesma.
Hoje, contudo, esses símbolos estão esvaziados. A venda foi retirada, a balança pende para um lado e a espada passou a ser usada de forma seletiva.
E a consequência é devastadora: todos nós passamos a ser suspeitos.
A lógica perversa se instalou — se você é bem-sucedido, algo deve estar escondendo; se tem um bom carro, é logo visto como culpado em potencial. O normal virou a divisão cruel: “nós contra vocês”.
Pior ainda, essa suspeita se reveste de preconceitos históricos. Se o indivíduo é branco, logo o rotulam como “ladrão de colarinho branco”; se é negro, insinuam que seu êxito não é fruto de mérito, mas de favores ou atalhos. Em ambos os casos, a conquista é deslegitimada, a dignidade é posta em dúvida e o sucesso pessoal deixa de ser celebrado para se tornar motivo de desconfiança.
Assim, criamos uma sociedade em que ninguém é verdadeiramente inocente — todos carregam o peso de uma culpa presumida. E é nesse cenário que a democracia se dissolve, substituída por um tribunal permanente de suspeitas.
Vivemos, portanto, um tempo de exceção. Um Estado policialesco que vigia, controla e pune seletivamente. A sociedade inteira foi colocada no banco dos réus, e a democracia se transformou em um tribunal permanente, onde a presunção de inocência foi substituída pela presunção de culpa. A morte simbólica da Dama da Justiça é, ao mesmo tempo, a morte da própria democracia.
Onde vamos parar?
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✍ Editorial: Mário Marcovicchio
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