Editorial | O Direito está em Luto: morreu ontem a Justiça?
O Senhor é o Dono do Tempo e da Razão
Por Mário Marcovicchio, Advogado e Jornalista
Centro Histórico da Cidade de São Paulo, 12 de Setembro de 2025.

Hoje o Brasil amanheceu em pranto.
O choro que escorreu dos olhos de milhões não tem partido, não tem cor, não tem bandeira. É o choro de uma Nação ferida. Quando um cidadão, apenas por carregar suas convicções, é colocado no banco dos réus, descobre com amargura que a Justiça em que acreditava agoniza — sufocada nas mãos de políticos travestidos de juízes.
Não entraremos no mérito do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro. O que importa é afirmar, sem hesitação: um tribunal não pode ser político. A Justiça tem de ser imparcial, distante das paixões, guiada somente pela Constituição e pela lei.
Quando os tribunais se tornam palco de disputas ideológicas, a credibilidade se esvai. Rui Barbosa já advertia:
“A pior ditadura é a ditadura do Poder Judiciário. Contra ela, não há a quem recorrer.”
É princípio universal que os inimigos não podem ser julgadores de seus próprios inimigos. Onde isso acontece, não há Justiça, mas vingança. E nesse cenário, como também ensinou Rui Barbosa:
“Justiça atrasada não é justiça, senão injustiça qualificada e manifesta.”
Heleno Fragoso reforçava:
“Não há Estado de Direito quando a liberdade do homem depende da vontade dos governantes ou dos juízes.”
E Nelson Hungria lembrava:
“Juiz não é legislador, nem profeta. É servo da lei, e não senhor dos destinos políticos da pátria.”
Direitos Humanos: a trincheira da liberdade
Os Direitos Humanos nasceram das feridas abertas pela tirania. No mundo, foram erguidos como promessa de que jamais a dignidade humana poderia ser esmagada outra vez. No Brasil, são memória viva contra a escravidão, a tortura e a ditadura.
Defender os Direitos Humanos não é proteger partidos — é proteger pessoas. É garantir que a Justiça não seja arma de vingança, mas escudo de cidadania. Eles são, em qualquer tempo e lugar, a última trincheira da liberdade.
Lições da História
A história ensina que a Justiça pode ser ferida, humilhada e até sepultada, mas nunca definitivamente vencida.
- Sócrates bebeu a cicuta em nome da verdade.
- Jesus Cristo foi crucificado em nome do amor.
- Martin Luther King tombou pregando igualdade.
- Gandhi caiu pela não violência.
- Nelson Mandela suportou décadas de cárcere para provar que a justiça pode florescer das cinzas.
Todos eles mostraram ao mundo que a Justiça sempre ressuscita na consciência dos povos.
O grito de um povo
A Justiça pode ter sido ferida ontem, mas não morreu. Ela apenas repousa na consciência de um povo que não aceita ser escravizado pelo medo. O Direito não é propriedade de partidos, nem de tribunais, mas patrimônio sagrado da humanidade.
Quando a Justiça se cala, a História grita. E a História não perdoa: cobra de cada geração a coragem de levantar-se. Foi assim com os mártires que tombaram, é assim com os povos que resistem, será assim com o Brasil que amanhece chorando, mas não se curva.
Podem algemar corpos, podem condenar vozes, podem rasgar leis. Mas não podem apagar a chama da Justiça, que arde eterna como centelha de Deus no coração dos homens.
O luto de hoje será a força de amanhã. Porque todo silêncio carrega um grito. E todo grito, quando é de um povo inteiro, transforma-se em revolução pacífica pela verdade.
Que o mundo saiba: a Justiça pode agonizar nas mãos dos homens, mas sempre ressuscita no tempo de Deus.
📍 Do Centro Histórico da Cidade de São Paulo para o Mundo
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