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Emboscada em Praia Grande: quem mandou matar Ruy Ferraz Fontes?

Emboscada em Praia Grande: quem mandou matar Ruy Ferraz Fontes?

Subtítulo: Duas linhas dominam a investigação: vingança do PCC e retaliação ligada a contratos municipais. Força-tarefa em campo, pressão por respostas e família pede respeito.

Por Mário Marcovichio- direto da  Redação 25News –no Centro Histórico da Cidade de SP Investigação
16 de setembro de 2025 — Terça-feira


Introdução — o crime que sacudiu a segurança pública

Ruy Ferraz Fontes, 63, ex-delegado-geral da Polícia Civil de SP e, desde 2023, secretário de Administração de Praia Grande, foi executado numa emboscada a poucos metros da prefeitura. A ação, rápida e precisa, envolveu múltiplos atiradores e perseguição. O caso chocou colegas, autoridades e população — e abriu uma disputa de narrativas: foi o PCC ou foi máfia local contrariada por licitações?


O que se sabe — linha do tempo do ataque

  • Saída do trabalho: Ruy deixa a sede da prefeitura no início da noite.
  • Primeiros disparos: criminosos aguardam em veículo de apoio e iniciam o ataque.
  • Perseguição e capotamento: o carro de Ruy é atingido, perde o controle e capota.
  • Execução: os atiradores descem e finalizam a ação.
  • Fuga e queima de provas: um carro usado na fuga é encontrado incendiado em seguida.

A perícia recolheu projéteis de armas longas. Houve feridos sem gravidade por estilhaços. A polícia mapeia câmeras públicas e privadas, pedágios e “muralha eletrônica” para fechar a rota dos executores.


As duas linhas da investigação

1) Vingança do PCC

Ruy é “inimigo histórico” da facção: comandou operações que atingiram a cúpula e viveu sob monitoramento constante ao longo da carreira. O modus operandi militarizado e a logística do ataque alimentam a hipótese de uma célula especializada ligada à facção.

2) Retaliação ligada à esfera municipal

Outra frente apura se a execução tem relação com contratos e licitações de Praia Grande. A leitura de bastidores fala em interesses contrariados e eventual atuação de grupos mafiosos locais. Investigadores tratam o caso como crime encomendado, sem descartar consórcio entre facção e intermediários.

Status oficial: nenhuma linha foi descartada. A autoria intelectual (mandantes) segue em apuração.


O que ninguém viu (ainda) — ângulos exclusivos para cravar autoria

  • Cadeia logística: quem financiou armas, veículos, combustíveis e “batedores”.

  • Rastro digital: antenas/IMEI no horário do crime; celulares “descartáveis” ativados em bloco.

  • Câmeras & pedágios: muralha eletrônica, OCR de placas, rotas de fuga e abastecimento.

  • Balística: assinatura de fuzis/munições e vínculos com outros atentados.

  • Contratos sensíveis: editais, impugnações e trocas de fornecedor nas semanas anteriores.

  • Sinais de contra-vigilância: rádios, bloqueadores ou “corta-rastro” usados pelo grupo.

O que disseram as autoridades

A Secretaria de Segurança de SP montou força-tarefa (DHPP, Deic e unidades táticas) e afirma ter suspeitos identificados. O Governo Federal colocou PF e Senasp à disposição, mas o inquérito permanece sob comando da Polícia Civil paulista. Reforço de policiamento no litoral foi determinado.


O velório e o recado das corporações

O corpo foi velado em São Paulo sob clima de revolta e indignação. Delegados veteranos apontaram falhas de proteção a um alvo sensível e cobraram rápida identificação dos mandantes. O tom dominante foi de homenagem discreta, com pedido de respeito à família e investigação técnica, sem palanque.


Por que “tudo começa no PCC” — e às vezes termina em outra máfia

  • Hegemonia criminal em SP: o PCC é a hipótese inicial quase automática em crimes de alto impacto.
  • Trajetória da vítima: o histórico de enfrentamento puxa o foco.
  • Tática replicável: fuzis, carro incendiado e retaguarda logística não são exclusividade da facção; grupos locais podem copiar o padrão ou contratar células especializadas.
  • Prova manda no roteiro:balística, quebras de sigilo (telefônico/financeiro), rastro de veículos e fluxo de dinheiro definem o caminho final da investigação.

O que falta responder (checklist da apuração)

  1. Armas e munição: origem, calibre, “assinatura” balística.
  2. Veículos: compra, aluguel, clonagem, combustíveis e câmeras no trajeto.
  3. Financiamento: quem pagou logística, armas, motoristas e batedores.
  4. Telefones: celulares “descartáveis” ligados à cena e antenas próximas.
  5. Motivação dominante: vingança da facção ou retaliação por contratos — e se houve consórcio entre redes criminosas.
  6. Falhas de proteção: havia pedido de escolta? Quem avaliou o risco?
  7. Vínculos municipais: decisões recentes em licitações que possam ter gerado perda econômica a grupos organizados.

Por que o Ministério da Justiça quer apurar os fatos?

Porque o caso reúne alto impacto nacional e possível conexão com organização criminosa (Lei 12.850), tráfico de armas, lavagem e logística interestadual/internacional — cenários em que a PF/Senasp/COAF agregam perícia, dados e cooperação (inclusive Interpol). A apuração continua sob comando da Polícia Civil de SP, e o apoio federal entra se o Estado solicitar ou se surgirem elementos de competência da União. Em português claro: é cooperação, não intervenção.

Linha do Tempo — Caso Ruy Ferraz Fontes (preliminar)

Legenda: ✅ confirmado | 🔎 em apuração

15.set.2025 (segunda-feira)

  • 18h02 — Chegada da Hilux
    Uma Hilux preta para na via lateral da Prefeitura de Praia Grande e aguarda. (câmeras de rua)

  • 18h16 — Início da emboscada
    O carro de Ruy Ferraz Fontes deixa o trabalho; primeiros disparos partem da Hilux.

  • 18h17–18h20 — Perseguição e capotamento
    O veículo de Ruy é atingido, perde o controle e capota. Atiradores descem e fazem os disparos finais com armas longas.

  • Minutos depois — Fuga e carro incendiado
    Um veículo usado na ação é localizado incendiado em ponto distante, para apagar rastros.

16.set.2025 (terça-feira)

  • ~07h30 — Liberação do IML
    Corpo é liberado e segue para cerimônia.

  • 11h10–15h00 — Velório na Alesp (SP)
    Clima de revolta e indignação entre familiares, delegados e autoridades; cobrança por respostas rápidas.

  • Manhã — Força-tarefa anunciada
    SSP-SP aciona DHPP, Deic e unidades táticas; mapeamento de câmeras, pedágios e muralha eletrônica.

  • Tarde/Noite — Suspeitos identificados
    SSP informa ao menos 1 (depois 2) suspeitos identificados; pedidos de prisão em preparação.

  • Durante o dia — Oferta de apoio federal
    MJSP põe PF/Senasp à disposição; inquérito permanece estadual (PC-SP).

  • Noite — Reforço no litoral
    Governo do Estado amplia patrulhamento na Baixada Santista.

17–18.set.2025

  • Perícia balística e varredura de rotas 🔎
    Confronto de projéteis/fuzis, busca por assinatura balística e rastro de placas (OCR).

  • Quebras de sigilo e rastro financeiro 🔎
    Análise de telefonia (IMEI/antenas) e fluxos de dinheiro para identificar financiadores.

  • Linha de contratos municipais 🔎
    Checagem de licitações, aditivos e impugnações recentes em Praia Grande para apurar retaliação local.

Pontos-chave em aberto (o que define a autoria)

  1. Balística: casar armas/munições com outros atentados.

  2. Telefonia: celulares “descartáveis” e ligações entre executores/mandantes.

  3. Veículos: origem, clonagem, abastecimento e câmeras nas rotas.

  4. Motivação dominante: vingança do PCC ou máfia de contratos (ou consórcio entre redes).

Conclusão — justiça com método, sem boato

A execução de Ruy Ferraz Fontes não é um crime comum: é ataque ao Estado. A pressão pública por respostas é legítima, mas só prova material sustenta um caso dessa envergadura. Entre a força simbólica do PCC e a hipótese de máfia de contratos, a verdade deve sair da cadeia de evidências — não de versões apressadas.
A sociedade, a corporação e, sobretudo, a família, merecem respostas firmes e comprovadas. A nossa investigação segue, com foco em documentos, dados e verificação cruzada.


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