Em meio ao crescimento de novos prédios, um levantamento da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) revelou um problema grave: entre 60% e 80% dos espaços comerciais no térreo de prédios da capital paulista, os chamados “fachadas ativas”, estão vazios! O estudo, que avaliou os dez anos de aplicação dessa política urbana, mostra que a maioria desses espaços está fechada, sem sequer placas de "aluga-se", o que evidencia a dificuldade de atrair lojistas e comerciantes.
Fachada Ativa: A Política que foi Desvirtuada!

O conceito de fachada ativa nasceu com o objetivo nobre de tornar as ruas mais vivas, com lojas e serviços no térreo dos prédios. As construtoras que implementaram esse modelo tiveram benefícios importantes, como a possibilidade de construir mais, pois os espaços das fachadas ativas não são considerados como área total construída para efeitos de cálculo do limite máximo de construção permitido.
- O Lado Oculto: Para a urbanista Paula Freire Santoro, coordenadora do LabCidade da USP, o resultado não é surpreendente. Ela explicou que as fachadas ativas, na prática, foram usadas pelos empreendedores apenas como um instrumento para construir mais e pagar menos! "Para as incorporadoras, não importa que a fachada esteja ocupada. O que importa é a área construída não computável que o empreendedor vai ganhar, podendo construir mais, vender mais e aumentar o seu valor geral de venda", disse ela.
- Fim do Comércio de Bairro: Segundo Santoro, em vez de incentivar o comércio local, os empreendimentos atraíram apenas lojas de grandes redes ou ficaram vazios. Pequenos negócios, como padarias, açougues e cabeleireiros, não conseguem pagar os altos aluguéis, o que acaba resultando no "desaparecimento dos comércios de bairro"!
Os Bairros mais Afetados: Vacância em Vila Mariana!
A pesquisa analisou três eixos na capital e encontrou uma alta taxa de vacância (espaços vazios):
- Vila Mariana: O bairro da Zona Sul é o que tem a maior taxa, com impressionantes 80% de desocupação! Das 45 lojas, apenas 9 funcionavam no momento da pesquisa.
- Ibirapuera: O bairro tem 70% de lojas vazias. Das 43 mapeadas, apenas 13 estavam em operação.
- Rebouças: O bairro da Zona Oeste tem o menor índice entre os três eixos analisados, mas ainda alto: 63,3% das lojas desocupadas.

A pesquisa da ACSP é um alerta importante para a Prefeitura de São Paulo e para os urbanistas! Ela mostra que uma política de estímulo ao uso misto e à vida nas ruas, quando não bem pensada, pode acabar gerando um resultado oposto ao esperado! A alta vacância nas fachadas ativas é a prova de que a cidade precisa de soluções que de fato integrem o comércio local e o dia a dia da população.
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